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O nome “protestante” provém dos protestos dos cristãos do século 16. Foi iniciado pelo teólogo alemão Martinho Lutero, que rompeu com a Igreja Católica. As críticas de Lutero ao Catolicismo começaram em 1517, defendendo ele ser a fé o elemento fundamental para a salvação do indivíduo. Em 1519, Lutero afastou-se definitivamente do Catolicismo ao negar o primado do papa. Dois anos depois foi excomungado pelo Papa Leão, no século 10º. Com a simpatia de diferentes setores da nobreza e dos camponeses, o luteranismo difundiu-se na Alemanha, onde Lutero traduziu a Bíblia para o alemão e aboliu a confissão obrigatória, o culto aos santos, o jejum e a obrigação de não poder constituir uma família por normas da igreja. Os motivos para esse rompimento incluíram principalmente as práticas ilegítimas da Igreja Católica, alémda divergência em relação a outros princípios católicos, como: a adoração de imagens, o celibato, a celebração das missas em latim, a autoridade do papa etc.. Para os protestantes, a salvação é dada mediante a graça e bondade de Deus, e cada pessoa pode se relacionar diretamente com seu Criador, sem a necessidade de um intermediário; diferentemente da fé católica, a qual diz que o único método de se obter a salvação é pelos sacramentos e rituais para purificação da alma feitos por pessoas santificadas (padres, bispos etc.).
A Igreja Protestante, também conhecida como Evangélica, reivindica a reaproximação da Igreja com o cristianismo primitivo. Os protestantes aceitam os sacramentos do batismo e da eucaristia, mas negam o culto a Virgem Maria e aos santos. Todas as Igrejas Protestantes celebram Natal, Páscoa, Pentecostes e as demais festividades cristãs. Também há comemorações particulares a cada uma delas, como o Dia de Ação de Graças, celebrado pelos luteranos, e o Dia da Escola Dominical, comemorado pelos metodistas.
Ao Brasil, o protestantismo foi trazido com a invasão holandesa entre os anos de 1624 e 1625, sendo propagado principalmente entre os índios. Pesquisas recentes mostram o crescimento do protestantismo no Brasil: em 1970, o Censo do IBGE registrava cerca de 4,8 milhões de evangélicos; em 1980, eram 7,9 milhões; em 1991, 13,7 milhões; e em 2000, 26,1 milhões. Segundo o IBGE, se esse crescimento se mantiver estável ao longo dos anos, em 2020 metade da população brasileira será evangélica. Sabe-se que existe atualmente cerca de 593 milhões de protestantes no mundo. O país mais protestante é os Estados Unidos da América, com um número de quase 163 milhões de fiéis.
As tradicionais igrejas formadas a partir da reforma, consideradas protestantes são:
Protestantismo histórico
Luteranismo, Anglicanismo, Calvinismo, Presbite rianismo, Congregacionalismo, Anabatismo, Metodismo, Metodismo Calvinista, Igreja Batista, Millerismo e Adventismo.
Pentecostalismo
Assembleia de Deus, Congregação Cristã do Brasil, Igreja do Evangelho Quadrangular, Igreja Pentecostal “Deus é Amor” e Igreja Pentecostal “O Brasil para Cristo”.
Neopentecostalismo
Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Universal da Graça de Deus, Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, Igreja Apostólica Renascer em Cristo e o Ministério Internacional da Restauração.
Evangélicos
Nos países anglo-saxões, onde a Reforma Protestante eclodiu no século 16, o termo “evangélico” é usado para definir quase todas as doutrinas cristãs protestantes. Na Alemanha, berço do luteranismo, seu uso chega a ser mais específico: é comum se referir aos membros da Igreja Luterana como evangélicos, excluindo-se o resto dos protestantes. Já no Brasil, quando se fala em evangélicos, trata-se de uma forma genérica de se referir às correntes protestantes pentecostais e neopentecostais, surgidas somente no século 20. De forma simplificada, pode-se dizer que todo evangélico é protestante, mas nem todo protestante se considera evangélico.